24 PACHAMAMA
A celebração da beleza e da abundância da vida
Pachamama, a venerável Deusa Inca da Terra, é a essência vital que permeia cada grão de terra, cada sopro de vento e cada gota de chuva, manifestando-se como a mãe nutridora de todos os seres vivos. Ela simboliza a totalidade do cosmo para os povos andinos, abraçando tanto o mundo material quanto os reinos espirituais, destacando a interconexão entre a humanidade e a natureza. Pachamama ensina a importância do respeito e da gratidão para com a Terra, essenciais para nossa sobrevivência e bem-estar. Guardiã da fertilidade, da abundância e da renovação, seu amor incondicional garante a continuidade das estações, o florescer das plantas e o ciclo das colheitas. Seu domínio se estende além do tangível, adentrando o reino das emoções e do espírito, onde ela acolhe, cura e transforma. Pachamama nos lembra da necessidade de praticarmos a reciprocidade e o cuidado não apenas entre humanos, mas com toda a vida na Terra, incentivando práticas que fomentem uma vida plena e harmoniosa com o universo.

25 COATLICUE
A destruição como abertura de caminhos para a criação
Coatlicue, a Grande Mãe do panteão asteca, é a deusa da Terra que encarna os mistérios da vida, da morte e do renascimento. Seu nome, que significa “Aquela que tem a saia de serpentes”, é um símbolo poderoso de transformação e regeneração contínua. Como mãe da lua, do sol e das estrelas, ela é a progenitora de toda existência, tecendo o destino do universo com as linhas de seu manto sagrado. Em sua essência, Coatlicue detém a chave para o entendimento profundo do ciclo natural do mundo, ensinando-nos que cada fim é apenas um novo começo. Ela nos lembra de que a vida e a morte são faces da mesma moeda, eternamente entrelaçadas numa dança cósmica onde a destruição abre caminho para a criação. Ela fala diretamente ao coração, inspirando-nos a aceitar a impermanência com graça e a encontrar beleza e propósito em cada ciclo da vida. Coatlicue nos convida a reconhecer nossa própria capacidade de renovação e a confiar no processo sagrado de transformação que nos guia em nossa jornada espiritual.

26 INANNA
A celebração da sensualidade e o prazer
Inanna, a enigmática Deusa Sumeriana, reina sobre o amor, a beleza, a guerra e a justiça com esplendor. Sua essência, uma mescla de luz e sombra, exalta a dualidade da existência humana, onde paixão e compaixão se entrelaçam com força e determinação. Cultuada como a Rainha dos Céus e da Terra, Inanna nos guia pelos caminhos da autoafirmação e da busca pelo verdadeiro eu, ensinando-nos a harmonizar os aspectos contraditórios de nossas naturezas. Originária das profundezas da antiga Mesopotâmia, ela é um arquétipo da mulher empoderada, que enfrenta suas sombras e não recua diante dos desafios. Seu mito, repleto de aventuras, amor e transformação, revela a jornada da alma em busca de integração e plenitude. Como Deusa do Amor, ela celebra a sensualidade e o prazer, incentivando-nos a explorar a riqueza de nossos sentimentos e desejos. Como Guerreira, empunha as armas da justiça e da verdade, lutando contra as injustiças e desigualdades. Com sua sabedoria milenar, Inanna estende um convite para uma jornada de autoconhecimento e empoderamento, onde cada passo é um ato de amor e cada batalha um caminho para a justiça.

27 ASTARTE
A sexualidade como força da existência
Astarte, a deusa fenícia da fertilidade, sexualidade, e guerra, resplandece como um farol de força e sensualidade. Governante soberana dos domínios da vida e da morte, ela simboliza o poder da mulher em sua plenitude, fervorosamente abraçando o amor e a assertividade feminina. Venerada por diversas culturas ao longo das eras, Astarte é a personificação da liberdade e da autonomia feminina, representando a capacidade das mulheres de gerar vida, nutrir com amor e lutar com determinação. Sua figura, envolta em mistérios e adorada em rituais cerimoniais, evoca a união dos opostos, mostrando que a criação e a destruição são faces da mesma moeda. Astarte nos ensina a importância da paixão e do desejo como forças motivadoras da existência, lembrando que a sexualidade é uma expressão sagrada do divino. Ela encoraja as mulheres a se apropriarem de sua força vital, a reconhecerem seu poder pessoal e a se posicionarem com confiança no mundo. Com sua sabedoria milenar, Astarte estende-nos o convite para uma jornada de autoconhecimento e empoderamento, onde cada passo é um ato de amor e cada batalha, um caminho para a justiça.

54 OSTARA
A vitalidade como equilíbrio para a fecundidade
Ostara, a deusa germânica da primavera e da fertilidade, é a personificação do renascimento e da renovação que cada primavera anuncia. Guardiã da alvorada e da juventude eterna, ela desperta a natureza, simbolizando a vitalidade, o crescimento e a promessa de novos começos. Ostara é frequentemente associada com símbolos de fertilidade e renovação, como ovos coloridos e lebres, ambos antigos ícones pagãos de nova vida e fecundidade. A lebre, conhecida por sua notável capacidade de procriação, reflete a vitalidade da primavera, enquanto os ovos, com suas cores vibrantes, representam o potencial de vida e a promessa de renovação. Estes símbolos, ainda celebrados na Páscoa, têm suas raízes nas tradições dedicadas a Ostara, destacando a influência contínua desses antigos ritos de fertilidade e renascimento no mundo moderno. Ostara fala diretamente ao coração de cada mulher, convidando-a a se abrir para a transformação e a abraçar a beleza do renascimento em sua vida. Ela nos lembra que, assim como a terra se renova a cada primavera, também temos a capacidade de nos renovar, de deixar para trás o que não nos serve mais e de dar espaço para novas experiências e crescimento.

23 MULHER DO BÚFALO BRANCO
Alívio e conforto em momentos de dor e perda
A Mulher do Búfalo Branco é uma figura sagrada e messiânica, profundamente enraizada nas tradições espirituais das culturas das Planícies da América do Norte. Ela é a personificação da esperança, da paz e da renovação, servindo como um farol para todas aquelas que buscam harmonia e entendimento com o mundo ao seu redor. A Mulher do Búfalo Branco trouxe aos povos indígenas os Sete Rituais Sagrados, ensinando-os a viver em equilíbrio com a Terra e uns com os outros, enfatizando a importância da comunidade, da gratidão e do respeito por todas as formas de vida. Ela é a Nutridora, que provê o sustento espiritual e físico, relembrando a todas da sacralidade da vida e da Terra. Como Consoladora, ela oferece alívio e conforto nos momentos de dor e perda, envolvendo todas em sua compaixão infinita. Como Portadora da Esperança, ela inspira uma visão de um futuro pacífico, onde a harmonia prevalece sobre o conflito. Com sua presença inspiradora e seus ensinamentos eternos, a Mulher do Búfalo Branco convida cada um a refletir sobre sua conexão com o todo, incentivando a prática da gratidão, do respeito e do amor como fundamentos para uma vida plena e harmoniosa.