O curso de especialização “O Sagrado Feminino”, que iniciei em 2017 na faculdade Espírita, está chegando ao fim e, para celebrar este fechamento de ciclo, tivemos o nosso “Sabbat” de encerramento dia 13/10/18. Sabbats são reuniões de celebração da vida e da natureza, onde as pessoas festejam, dançam, cantam e compartilham. Foi uma linda cerimônia de consagração como sacerdotisas da Deusa, Energia Primordial Feminina, Mãe Terra, o divino feminino que existe em tudo, e que tem como propósito os atos de amar, gerar, nutrir, acolher, integrar, respeitar e curar. Assim como uma mãe amorosa.

Sempre senti uma forte atração pelos saberes do universo feminino. Quando criança, gostava de estar em qualquer reunião de mulheres, na fila do leite, nos grupos de mães nos levando para escola, nas reuniões familiares, nas estórias dos livros e desenhos. Na adolescência, me interessei por assuntos místicos e artísticos em torno do feminino. Assim, não demorou muito para a Dança do Ventre, que é um grande símbolo dançante do feminino sagrado, me encontrar. Aos quinze anos fiz minha primeira aula, e aos dezoito já compartilhava o que sabia com grandes grupos de mulheres. Desde a primeira vez que dei a primeira aula, há quase 20 anos, nunca mais parei. Nessa jornada descobri o propósito da minha alma e me tornei consciente do quanto desejo proporcionar felicidade para as mulheres através da dança. Com o passar dos anos a certeza de que dançar, ensinar, e valorizar a sensualidade que habita cada mulher é algo forte, divino e libertador foi ficando mais clara. Segui praticando, estudando e trabalhando com danças femininas de diversas formas durante esses anos, lidando com pré-conceitos e julgamentos, sempre com uma forte vontade de ajudar na cura emocional das mulheres, ou simplesmente fazê-las se sentirem bem. 

Em 2017 surgiu à oportunidade dessa especialização com o título “O Sagrado Feminino”, onde estudamos assuntos sobre a sacralidade da energia feminina na natureza, nas relações e no planeta. Um pouquinho de história, antropologia, psicologia, terapias energéticas, xamanismo, medicinas integrativas, medicinas naturais, vivências, rituais, e danças passam pelo curso.

Após muitos encontros e partilhas, posso seguramente afirmar que estudar e vivenciar o Feminino Sagrado tem sido apenas o início de um caminho de retorno para minha verdadeira Casa, a alma, essência. Venho me curando física e emocionalmente, pois o processo de aceitação e amor próprio ajuda a gente a se libertar de crenças e medos limitantes. Estou honrando minha ancestralidade e reconhecendo que a energia e a espiritualidade feminina são muito poderosas e existem em todos os seres.

Nas aulas do curso tive a dádiva de conhecer pessoas inspiradoras. Verdadeiros curadores, com conhecimentos e desejos de ajudar as pessoas. Gratidão mestres Aracy, Jamil, Fabíola, Caian, Bia, Andressa, Alexandre, Edilson, Claudia, Lourdes, Marcia, Sonia, Maciel.  E às amigas, buscadoras de si e irmãs de caminhada, amadas Marina, Silvia, Rosi, Rita, Eliza, Dakini, Michele, Priscila, Mariah, Iruama, Emirena, Veronica, Lara, Nadine e Carol. Estas pessoas ajudaram a fortalecer minha sacerdotisa interior e integrá-la a artista, bailarina e professora que sou.

Aliar as características sagradas e energéticas das dança que sempre estudei a processos terapêuticos femininos reacenderam a minha vontade de trabalhar com a dança de forma mais emocional. A soma desta vontade com o desejo de dividir meus aprendizados deu origem a três novos trabalhos: o círculo sagrado feminino Deusas, as aulas Divina Dança, e a retomada do grupo Flor de Lótus Artes Sensuais. Com os propósitos de trabalhar a liberdade, as emoções, a sensualidade, as energias e o universo arquetípico feminino através da dança.  O corpo é um conjunto de sentimentos, memórias e experiências. Assim, senti-lo e movimentá-lo pode ser um caminho para a escuta interna e uma forma de amolecer poemas endurecidos dentro de nós.

No encerramento deste ciclo fomos convidadas pelos nossos coordenadores a apresentarmos uma relação do curso com o nosso fazer, ou transformações que tivemos a partir dele. Para mim, foi uma jornada de muitas mudanças. Retornei aos meus ciclos naturais, aprendi a acolher minhas sombras e reconhecer minha luz, revivi questões familiares e ancestrais, melhorei minha relação com a natureza, me conectei com a Lua, consegui olhar para fontes emocionais de sintomas e melhorar bastante coisa. Então, para registrar esse momento de consagração do meu feminino e minhas transformações, apresentei a dança sagrada dos sete véus, representando uma jornada de libertação, onde cada véu com sua cor, localização e energia específica representava um chakra, que durante a dança ia sendo estimulado, desamarrado, desbloqueado, e finalmente desvendado, um a um, até o topo da cabeça, atingindo a harmonização de todos e representando um corpo e uma vida feminina libertos …

Quando você volta para sua casa interior e relembra quem é, sente novamente tua própria essência, você recicla a alma e se enche de amor, e com ele, O Amor, volta a sua energia vital, e a vontade de renovar-se constantemente.

Quem tiver mais interesse pelo estudo do Sagrado Feminino segue links do curso:

site faculdade:
http://www.faculdadeespirita.com.br/cursos/o-sagrado-feminino/
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youtube:
https://youtu.be/Rmj3J76MrKA