Encontro 4 (4/5/2018)

“No círculo sagrado, as mulheres criam um espaço seguro e protegido para se conectarem aos profundos mistérios da espiritualidade feminina”. Mirella Faur.

Explicação de alguns elementos que compõem nosso círculo:

Incenso Nag Champa: feito com aroma da flor champa (flor sagrada cultivada na Índia) e sândalo. Age no humor, contra o stress, calmante, facilita a concentração em meditações.

Óleo de Jasmim e Sândalo: O sândalo estimula a meditação, a intuição e a conexão com nossa alma. O jasmim auxilia no reequilíbrio das emoções e da energia vital, além de ser afrodisíaco.

Circulo: Nesta formação não existe hierarquia, todos são iguais, a energia fica livre para circular e cria-se uma força espiritual a partir da soma de energias coletivas (mentais e emocionais, uma Egrégora Energética.

 

Dança Dabke:

Dabke de roda, para ancorar a energia e integrar o grupo. Música Dag Al Mani:
https://www.youtube.com/watch?v=VN8g8q3awtA

“Eu te amei, um fogo ardente em meu coração… Todas as pessoas dormiam e eu ainda estava acordado… Ela usava a calça mais bonita, e eu a amo como um louco… Seus olhos são como olhos de gazela… Cada vez que você é carinhosa comigo meu coração, eu começo a ver colocynth (uma planta amarga) como mawasalwa (um doce árabe)”

 

Partilha:

A relação da repressão, privação e julgamento que sofremos dentro de nossa cultura, da família, da religião, da sociedade, das pessoas que amamos, e principalmente de nós mesmas, com a falta de liberdade da mulher. Esta falta de liberdade como resultado de repressão ou de uma necessidade de agradar o outro causa o afastamento da nossa natureza essencial, do nosso instinto selvagem (Artemis), e da nossa alma. A falta de conhecimento do que realmente desejamos independente do que os outros esperam de nós, pode gerar doenças físicas, como resultado da somatização da sensação de culpa, desvalorização, julgamento e cobrança excessiva da perfeição de si mesma. Alguns estudos falam sobre cistos no ovário, por exemplo, estarem ligados a repressão da energia criativa da mulher; problemas na garganta estarem ligados a questões guardadas que não conseguimos falar, etc… Questões músculo esqueléticas estarem ligadas a uma expansão no físico x uma repressão no emocional (culpa e medo).  Para liberarmos nosso eu natural e selvagem e, como Artemis, ser o que é, sem se preocupar com opiniões alheias, não basta apenas fazer. É necessário não se culpar por nossas próprias escolhas. É necessário que a busca pela liberdade e por nós mesmas não nos machuque. Se você segue uma escolha, mas se sente julgada, ainda está presa a algo e isso pode gerar uma auto rejeição, desaprovação de si mesma e doenças.

Vivências:

Acredito que para sermos nós mesmas, na busca da nossa totalidade, é necessário buscarmos sempre o autoconhecimento. As obrigações diárias da vida nos afastam um pouco disso, pois é necessário parar, olhar pra dentro, viver as alegrias e as dores da nossa alma, e nos falta tempo… Existem várias ferramentas de conexão com nós mesmas e uma das mais poderosas é a meditação.

Relaxar refletindo sobre as palavras da música proposta, Música de Rezo de Luiza Rosa Bhakti. Gratidão, confiança, iluminar a ilusão, devoção, acolhida pela mãe, tudo que vivemos é conhecimento e devemos ter amor e gratidão para transformar tudo em união…

https://www.youtube.com/watch?v=9RzQ6nTUuiY

Dança Artemis:
Sezen Aksu – Tutuklu – Prisioneira
Proposta substituir o “bem amado” da música por nossa alma:
Não há alguém antes de ti (eu)
Não há alguém depois de ti (eu)
Nossa separação (eu de mim) é pior do que morrer
O tempo não passa, nem meu pai, nem minha mãe, nenhuma boa memória é o suficiente amado (amada alma), longe de ti tudo se torna insuficiente para mim
Estou aprisionada a você (sociedade, cultura, ego, pessoas amadas)
Longe de ti (eu mesma, minha essência) viajo por aí, os sete mundos, sem efeito
Escondo meus olhos, calo minhas palavras….

https://www.youtube.com/watch?v=PxMEPHYIdYc

Escolhi esta música que fala sobre uma prisão baseada no amor, ela sente-se fria, neutra, distante de si aprisionada a este amor. Vamos refletir sobre como nos sentimos quando tudo que fazemos ou sentimos depende da aprovação do outro. Quando dependemos do amor, da companhia ou da emoção do outro. Pensar o quão prisioneiras estamos dos nossos próprios julgamentos internos e buscar livrar esta mulher de todos estes conceitos, libertar nossa energia selvagem, intuitiva, criativa e única…. E dançar.

 

Atividade para próximo encontro:

Fazer uma breve pesquisa sobre a deusa que tirou no oráculo, e refletir sobre ela e seus principais aspectos, relacionando com sua vida ou seus comportamentos. Contar um pouquinho sobre ela na próxima aula.

 

Sugestões:

Livro o Oráculo da Deusa, de Amy Sophia Marashmsky.
Livro Círculos Sagrados para Mulheres Contemporâneas, de Mirella Faur.