Encontro 28.9.18

Reconhecendo, honrando e vivenciando a nossa própria divindade, a das outras mulheres e a da natureza, estamos reverenciando a Deusa, a sabedoria amorosa mais forte da Terra.

Abertura:
Dança em círculo: Vou Banindo
Vou banindo pela terra e ar. Vou banindo pelo fogo e mar. Vou banindo, vou banindo pra purificar. Vou banindo, vou banindo pra exterminar. Espiral, espiral, espiral. Sugue o que há de ruim, leve todo mal. Artista: Claudiney Prieto & Tradição Diânica Nemorensis.  

Energização intuitiva com cromoterapia e Chakras, conduzida por Gabi.

Partilhas:
No encontro passado ainda trabalhamos a deusa Hecate. Refletir sobre os atributos desta deusa, a sombra, a escuridão, o fogo, a escolha de caminhos nas encruzilhadas, está nos ajudando a acolher nossa própria sombra. Algumas deusas falaram sobre o fato de estarem olhando com mais clareza para seus problemas e já enxergarem a cura. Então me lembrei da partilha de uma deusa no encontro anterior, quando ela disse que vivenciar a própria sombra fez ela se sentir mais poderosa, porque saber a verdade sobre ela mesma a fez mais confiante. Também me lembrei da emocionante partilha de uma deusa que revisitou seu trauma de infância, re significou suas feridas e como encontrou sua cura na própria sombra.

Estamos olhando para nossas dores, mágoas, frustrações, padrões e crenças que prendem nossos sentimentos e comportamentos. Acolhendo, integrando e amando para transmutar essa energia. Fizemos um ritual lindo queimando simbolicamente tudo que desejamos deixar, para escolher um caminho de evolução, expansão e abundância. Sendo assim, nada melhor do que a estação que acabamos de entrar, a primavera, para nos lembrar o que buscamos: florescer, abertura, expansão, vida e fartura. Este florescimento muitas vezes chega após períodos de inverno, reclusão, paciência, poda, espera e amor. Afinal, nada floresce sem seu devido tempo e cuidado. Preparar a terra, semear, regar, nutrir, esperar, viver as tempestades, resistir, e então florescer. Assim é a vida. Temos nossos momentos de intuição, criatividade e vontade, estes são momentos de preparar a terra para a semeadura e o plantio, ações. Temos nossas relações e trocas energéticas, que são nossos momentos de nutrir, regar, dar e receber. Temos nossas tristezas, reclusões e invernos da alma. E, finalmente, após as tempestades, florescemos. Vivemos, morremos e renascemos, na constante vida cíclica da Terra.

Sendo assim, seguindo o caminho de sair da sombra e se abrir para abundância, não poderia ter caído deusa melhor para o dia de hoje: Lakshmi, deusa indiana da prosperidade, fartura e abundância. Impressionante sair esta deusa para o nosso círculo hoje, pois no encontro passado fechamos um ciclo de reflexão sobre Hecate, queimando as coisas que queremos tirar das nossas vidas, nos limpando e nos abrindo para a abundância. No encontro anterior também fizemos uma dança representativa da encruzilhada de Hecate, representando caminhos que queremos deixar e seguindo caminhos que queremos seguir, de expansão, amor e abundância. E hoje, o oráculo nos presenteia com o arquétipo da deusa da abundância. Esta é uma amorosa motivação para seguirmos em frente, não ficarmos presas nas nossas sombras e abrirmos nossos corações para a abundância que nos espera.

Lakshmi – ABUNDÂNCIA
(livro O Oráculo da Deusa, de Amy Sophia Marashinsky)

Eu sou o jorro abundante e eterno da fartura. O inesgotável. O que não tem fim. Da plenitude do meu ser eu ofereço todos os meus dons, com sensualidade e liberdade. Sou ilimitada, estou em toda parte e nunca deixarei de existir.

Mitologia: O culto a Lakshmi começou antes da invasão ariana da índia. Ela é considerada a força animadora ou Shakti de Vishnu, o Preservador. Seu animal sagrado é a vaca, símbolo da abundância e da plenitude. Ela aparece aqui com elefantes jorrando água, outro símbolo de sua vigorosa abundância. Embora seja descrita como flutuando no mar eterno do tempo, repousando sobre uma flor de lótus, os hindus dizem que os deuses agitaram violentamente o mar da criação do qual Lakshmi surgiu em todo o seu esplendor.

Significado da carta: Lakshmi aparece na sua vida para dizer que é hora de alimentar a totalidade reconhecendo e vivendo a abundância. A sua existência está definida e contida nos parâmetros da escassez, e não nos da abundância? Suas finanças se baseiam na consciência da pobreza e não na ilimitada abundância? Sua visão da vida é a de nunca ter o suficiente, e não a de ter tudo o de que precisa? Abra-se à abundância, à generosidade que existe no seu mundo. Lakshmi diz que a abundância é difícil de perceber quando a carência, a pobreza e a escassez dominam a consciência. Para você, o caminho da totalidade está em abrir se ao fluxo da abundância no universo e reconhecer a abundância na sua vida. Quando você se abre ao fluxo, torna-se parte dele e o atrai para si. Quando se conscientiza da abundância em sua vida em todas as suas formas, amizade, saúde, família, amor, beleza, talento, bom humor, etc., você poderá atraí-la conscientemente.

Vivência:
Relaxamento com música “Abrete Corazon”, de Claudia Stern.

Não existe abundância sem abertura. Não existe abertura sem perdão. Não existe intuição sem abertura. Não existe abertura sem o amor. Temos que acolher as lembranças tristes, olhar para elas com compaixão, e deixá-las ir. Meu coração está pronto para abrir-se para o novo, porque sou tudo, e posso viver a abundância da vida. Se abra meu coração, se abra meu coração.

No próximo encontro, ainda na energia de Lakshmi, faremos uma dança vivencial representando uma flor de lótus. Ela nasce, se abre e se expande. Deixamos nossa sombra e agora vamos em direção a luz. Pois a lótus aberta nada mais é do que a totalidade, a integração entre a luz e a sombra. Assim como a flor de lótus, embaixo estão nossas raízes, os emaranhados, os obstáculos, a sujeira que faz parte do ser. Mas quando conseguimos superar isso, gozamos da nossa luz e do nosso poder feminino, nos abrindo para a prosperidade da vida. Gratidão pelo dia de hoje deusas.

Com amor, Suzi.