Círculo das Deusas 14.9.18

Que em cada encontro, através de nossas trocas, possamos expandir nossas emoções, nossa consciência e nossa energia para contribuir para a cura e a transformação de outras mulheres, ou da própria Terra.

Aromas utilizados: O Incenso Nag Champa é feito com o aroma da flor Champa e do Sândalo. Tem o poder de agir positivamente no humor e facilitar a concentração em meditações. São plantas sagradas na índia, utilizadas em rituais religiosos e em medicinas naturais. Esta agradável mistura estimula a conexão com a alma e a intuição. O Capim limão têm propriedades analgésicas, ajuda a aliviar dores e tem efeito revitalizante.

 

Abertura:

Dança em círculo com a música Vou Banindo: Vou banindo pela Terra e Ar/ Vou banindo pelo Fogo e Mar/ Vou banindo, vou banindo pra purificar/ Vou banindo, vou banindo pra exterminar/ Espiral, Espiral, Espiral/ Sugue o que há de ruim/ Leve todo mal. Artista: Claudiney Prieto & Tradição Diânica Nemorensis.

Energização de abertura.

 

Partilhas:

No encontro passado trabalhamos a deusa Hécate, que representa as encruzilhadas, as escolhas, as portas que devem ser fechadas para que novas se abram, os caminhos que devem ser deixados para que novos sejam trilhados, e as coisas que devem ser queimadas para que transmutem em coisas novas e abundantes. Fizemos uma dança representativa meditando coisas que desejamos deixar e caminhos novos que desejamos trilhar. No encontro de hoje partilhamos nossa relação com nossas sombras. Sentimentos que vieram à tona, padrões, medos, comportamentos e situações que desejamos deixar e mudar. Trabalhar esta deusa nos ajudou a perceber sentimentos e atitudes individuais limitantes que nos impedem de viver com mais liberdade, confiança e felicidade. As partilhas foram sobre como o nosso círculo e a nossa conexão com as deusas estão nos ajudando a olhar para nós mesmas e nos encorajando…

Uma deusa decidiu se candidatar para o vestibular de psicologia. Ela é professora e faz um trabalho lindo com seus alunos, se inspirando em técnicas de hipnose, ela mostra para eles o poder das palavras e os incentiva a não usarem palavras e ações agressivas bem como não aceitarem tudo que falam para eles. Fiquei sensibilizada com esta partilha, pois esta pequena atitude com certeza ajudará a formar crianças mais amorosas e pessoas melhores. A deusa ficou de fazer uma vivência com a gente no próximo encontro.

Outra deusa está na sombra. Olhando para suas questões mais escuras e emoções mais escondidas ela está conhecendo melhor e aceitando a sua sombra. Isso a está fazendo sentir-se mais poderosa. Em conexão com Hecate. Com esta partilha me ocorreu indicar novamente para as manas o livro Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola, que explica a essência da alma feminina através do arquétipo da Mulher Selvagem. Este livro me mostrou muito sobre esta experiência de nos sentirmos poderosas quando entendemos e acolhemos nossa própria sombra.

Outra deusa está com dores no ombro, e durante as últimas semanas ela lembrou-se de coisas de um passado que ela não queria reviver, com sentimentos que estavam adormecidos, entrou na sombra. Nesta partilha me ocorreu indicar o livro Luz Emergente, de Barbara Ann Brennan, que trata sobre a jornada da cura pessoal através das emoções; e as terapeutas Isabel (41 99978-5750) acupunturista e terapeuta Gestalt que me ajudou no processo de cura física e emocional, e Sonia Lyra, psicóloga que trabalha com a cura física através da Imaginação Ativa .

Outra deusa está aceitando melhor a menopausa. Está exercendo a gratidão, mas está lidando com a sombra da raiva devido à menopausa e todas as dificuldades que esta fase trás. Esta partilha deu abertura para lembrarmos o quanto o universo feminino sofreu e ainda sofre rejeição aos ciclos naturais da mulher, como a menstruação, a gestação, a amamentação e a menopausa, por exemplo. A cultura patriarcal e repressora nos fez com medo dos nossos ciclos, fazendo-nos rejeitar muitas destas fases. Estamos prontas para re significar isso e receber nossos ciclos com amor e poder. Então me ocorreu indicar o livro Corpo de Mulher, Sabedoria de Mulher, de Christiane Northrup, que apresenta-nos uma perspectiva holística da saúde das mulheres e analisa todas as áreas do corpo feminino. Assim, me ocorreu também indicar o trabalho de uma terapeuta corporal querida amiga minha, Silvia (41 99811-9098), que está fazendo seu artigo exatamente sobre a saúde da mulher na menopausa e tem como objeto de pesquisa o livro indicado.

Esta conversa sobre os sintomas causados por questões emocionais me fez lembrar de uma matéria sobre cistos de ovários estarem ligados a processos criativos bloqueados, como resultado de repressão no ambiente em que vive ou por ela mesma:

A relação entre a repressão feminina e ovários policísticos

De um ponto de vista sutil, os cistos nos ovários representam a energia contida de uma mulher. Você se sente capaz de criar algo? Expressa suas idéias? Tem pode de decisão? Assume suas responsabilidades diante de problemas? Há uma relação entre a dependência de uma mulher e os cistos ováricos. Geralmente são mulheres que se sentem frustradas ou até mesmo sufocadas. Quando as idéias de uma mulher são subjulgadas, reprovadas, reprimidas ou fracassam, surgem transtornos emocionais e uma crescente insegurança, impossibilitando esta mulher de se expressar novamente. Começa a surgir uma necessidade de aprovação em seu comportamento, medo da exposição e de críticas, resultando em auto reprovação. Quando a mulher para de confiar na própria capacidade, intuição e força ela reprimi o fluxo da sua energia criativa e pode causar cistos no ovário. Reconheça seu valor, dê força a suas idéias, permita ser quem você é, não dependa da aprovação para seguir seu caminho. Esqueça o que passou, cure suas mágoas e traga atenção para sua existência presente. Deixe que sua alma guie seus passos.

Outra deusa partilhou que está explorando sua sombra e está percebendo o quanto sua auto exigência prejudica sua vida. Seu processo de autoconhecimento está a fazendo refletir que talvez esteja repetindo padrões de reprovação e exigência vividos em sua família e cultura. Olhando e acolhendo sua sombra ela está conseguindo olhar para tudo que ela quer melhorar e evoluir, e assim está se aceitando melhor e se amando mais.

Uma nova deusa integrante sentiu-se tão à vontade no nosso círculo a ponto de partilhar questões pessoais profundas sobre sua vida. Falamos tanto sobre a sombra que ela se sentiu segura e motivada a partilhar questões difíceis conosco. À medida que ela expunha sua dor, sua luta, sua superação e como vem se curando através do autoconhecimento, da dança e da espiritualidade feminina, ela também promovia a cura em todas do círculo, pois estamos aprendendo e sentindo que somos espelhos umas das outras, herdamos e dividimos nossas energias e emoções.  Gratidão.

 

Ritual: Acolhemos todas as nossas partilhas, listamos tudo que desejamos deixar ir e queimamos em um lindo ritual de cura e transmutação, meditando no poder transformador do fogo, para traçarmos novos caminhos de expansão, amor e abundância.

Em todas as partilhas ficou claro como a conexão com a deusa Hecate nos influenciou em nossas reflexões e processos de autoconhecimento, pois nos aproximou da sombra, nos fez tomar novas decisões, escolhas de caminhos, encruzilhadas e nos fez refletir sobre a dor. Que a dor e a crise pode ser um convite para descobrirmos nosso verdadeiro valor, poder e força, porque buscando a cura acabamos entrando dentro de profundo autoconhecimento. Estamos juntas entendendo que acolhendo nossa sombra com amor.