09 ARUANDA
A jornada espiritual e os aprendizados e oportunidades para a evolução da alma
Aruanda, no coração das tradições afro-brasileiras e do espiritismo brasileiro, emerge como um refúgio espiritual, uma dimensão onde a luz e a harmonia transcendem o entendimento material. Este lugar sagrado é o lar de almas elevadas e entidades benevolentes que orientam e protegem as que caminham na Terra. Dentro de Aruanda, um coletivo de mulheres sábias, guardiãs dos antigos mistérios e mestras da cura espiritual, compartilha a sabedoria acumulada ao longo das eras. Aruanda serve como um lembrete de que a jornada espiritual de cada mulher é sagrada, repleta de aprendizados e oportunidades para evolução da alma. As mulheres de Aruanda nos incentivam a abraçar nossa jornada com amor, coragem e a certeza de que, mesmo nos momentos mais sombrios, a luz sempre prevalecerá, ensinando sobre o poder da sexualidade sagrada e a importância de integrar todas as partes de nosso ser para viver uma vida plena e autêntica.

30 AS TRÊS GRAÇAS
A busca da beleza nas pequenas coisas, e o compartilhar de momentos de alegria
As Três Graças na mitologia grega, são sublimes representações da beleza, graça e criatividade que fluem livremente entre o divino e o mortal. Aglaia, Eufrosina e Tália, filhas de Zeus e Eurínome, tecem juntas os fios da alegria e do encantamento que adornam a existência humana. Elas dançam em um círculo perfeito, simbolizando a interconexão da vida, a harmonia e a partilha generosa de dons. Essas deidades femininas são a personificação do que é mais puro e belo no mundo; Aglaia, a Brilhante, ilumina o caminho da inspiração, realçando a beleza em todos os aspectos da vida. Eufrosina, a Alegre, espalha felicidade e riso, enquanto Tália, a Florescente, encoraja o crescimento e a expressão criativa, celebrando a renovação e o florescer da natureza e da humanidade. Elas inspiram a buscar beleza nas pequenas coisas, a compartilhar momentos de alegria com os próximos, e a expressar criatividade sem medo. As Três Graças convidam todas a viver com gratidão e a reconhecer a generosidade como um caminho para a verdadeira felicidade, ensinando-nos que a liberdade de expressão e a conexão com os outros são fundamentais para uma vida plena e harmoniosa.

08 IAMI OXORONGÁ
O poder da ancestralidade feminina e a capacidade de criar e destruir
As Iami Oxorongá, veneradas na religião Iorubá, emergem das profundezas da tradição africana como figuras de imenso poder e sabedoria. Elas simbolizam a essência do feminino primordial, temidas e reverenciadas por sua conexão profunda com os mistérios da vida e da morte e por sua influência sobre o destino humano. Como senhoras da vida e gestoras da natureza, elas são conhecidas como as feiticeiras ancestrais, mestras dos segredos da natureza e da magia, capazes de trazer bênçãos e maldições. Elas exemplificam o poder da ancestralidade feminina e a dualidade do feminino que pode criar e destruir, refletindo a natureza que nutre e, ao mesmo tempo, pode ser devastadora. Em seu aspecto mais profundo, as Iami ensinam sobre a força das mulheres, a sabedoria dos ciclos da vida, e a importância de respeitar as forças que regem o universo. Guardiãs dos segredos da criação, detêm conhecimentos que, se respeitados, podem levar à transformação pessoal e coletiva profunda. Elas nos encorajam a reconhecer e integrar nossas sombras com nossa luz, a entender que cada ciclo de destruição é também um prelúdio para renovação e crescimento. Com sua orientação, somos inspiradas a viver uma vida plena, respeitando o fluxo eterno de dar e receber que sustenta o equilíbrio do cosmos.

16 ICAMIABAS
A habilidade de caminhar pela vida com a certeza de sua própria soberania
Nas águas serenas do grande rio Amazonas, entre as densas florestas que escondem mistérios milenares, vivem as Icamiabas, guerreiras destemidas sob a proteção da Lua. Filhas da noite e da selva, elas ensinam sobre a força que reside no coração da mulher que caminha pela vida com a certeza de sua própria soberania. A Lua, sua eterna guardiã, banha-as com sua luz prateada, trazendo as lições das fases da vida, da renovação e da intuição. Assim como a Lua, que em seu ciclo eterno ensina sobre o morrer e o renascer, as Icamiabas inspiram as mulheres a abraçarem suas próprias transformações, a lutarem por seus ideais e a nunca se esquecerem da importância de viver em harmonia com os ciclos da natureza e do universo. Com seus arcos e flechas, elas nos lembram que cada uma de nós tem o poder de defender seu espaço sagrado, suas crenças e seus sonhos com precisão e determinação. As Icamiabas, com sua voz que ecoa através dos séculos, convidam-nos a reconhecer a essência vital que permeia todos os seres, a ver a natureza não apenas como um recurso, mas como um santuário sagrado, onde cada criatura e planta é um portador de uma chama divina, um fragmento do espírito imortal da deusa. Este espírito compartilha sua chama sagrada com cada uma de nós, integrando mesmo aqueles distantes fisicamente da floresta, pois nosso coração, entre as árvores da vida, tem raízes profundas.